sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larsson

Capa Os homens que não amavam as mulheres.
Exclusivo do blog.
Título Original:
Män som hatar kvinnor
Autor:
Stieg Larsson
Origem:
Suécia
Tradução:
Paulo Neves
Editora:
Companhia das Letras
Ano:
2005


O jornalista Mikael Blomkvist acaba de ser condenado e sentenciado a três meses de prisão por difamar um poderoso financista. Recebe, então, uma proposta intrigante: o grande industrial Henrik Vanger quer contratá-lo para escrever a biografia de sua conturbada família. Mas, sobretudo, Vanger quer que Mikael investigue o sumiço de sua sobrinha Harriet, desaparecida sem deixar vestígios há quase quarenta anos. Henrik também se dispõe a salvar a Millenium, revista capitaneada por Mikael, e que se encontra em risco de falência. De início contrariado, o jornalista acaba aceitando a tarefa.
Harriet desapareceu quando sua família se reunia para um encontro em uma ilha. Inteligente e sensível, a moça era a favorita de Henrik. Suspeitos não faltam, pois, se todas as famílias têm esqueletos no armário, o clã Vanger parece dispor de um cemitério inteiro. Em sua busca febril, Mikael recebe a ajuda de uma jovem e genial hacker, Lisbeth Salander, cuja magreza anoréxica só é comparável à fúria silenciosa que nutre contra a sociedade. Mas, como Mikael logo compreende, se alguém oculta um segredo torpe, é certo que Lisbeth irá descobri-lo. E, de fato, pouco a pouco, o jornalista e sua improvável parceira desvendam um verdadeiro circo de horrores.
(trecho retirado da orelha do livro)

Hoje, na aula, comentamos sobre este livro. Quando eu li, estava no oitavo ano, o que fez a minha mãe achar que era um livro muito forte para a minha idade. Não por causa das cenas sexuais, mas pelos assassinatos (pelo menos foi o que ela me disse). Mas eu não me importei, pois havia adorado os livros e a história de Lisbeth Salander, a heroína “anormal” da série, e de Mikael Blomkvist.
Este último é um jornalista que estava prestes a desmascarar o poderoso empresário Wennerström que parecia estar desviando dinheiro destinado às indústrias polonesas com uma reportagem em sua editora Millenium quando alguma coisa saíra errado e ele fora condenado a prisão por três meses e pagar cento e cinqüenta mil coroas. Ele recebera as informações contra Wennerström de um amigo de escola chamado Robert Lindberg por puro acaso, quando se encontraram em uma viagem. Tudo que fora dito contra o empresário parecia fazer sentido e Blomkvist viu neste caso uma grande notícia. Porém, não foi bem o que ele imaginava e, ao invés do rosto de Wennerström sair nas capas de revista e noticiários, era o seu que surgia.
Logo após a sua sentença, Mikael recebe uma proposta intrigante de uma pessoa integrante: o grande industrial Henrik Vanger propõe a Mikael que escreva a biografia de sua “pavorosa” família e, por trás disto, descubra o que aconteceu com sua sobrinha Harriet, que sumira a muitos anos do nada. Em troca, Henrik promete salvar a Millenium, que está quase a beira da falência, e contar tudo o que sabe sobre Wennerström. Mikael fica um pouco indeciso sobre o que fazer, mas, claro, aceita a proposta.
Enquanto isto, uma curiosa figura entra em cena: trata-se de Lisbeth Salander, uma hacker com sérios problemas em se relacionar com quem quer que seja e de origem misteriosa. O mais próximo que tem de amigos são seu tutor Holger Palmgren, seu chefe Dragan Armanskij e uma “amiga” chamada Miriam Wu. Com uma grande inteligência e um gênio perigoso, ela chega até a ser conquistadora com seu jeito desconfiado e mal-criado de ser. Ela ajudará Mikael a desvendar o mistério que ronda o clã Vanger e descobrir que fim levou Harriet.
Lisbeth, apesar de não ser nem de longe uma pessoa atraente e simpática, mostra a determinação que toda mulher gostaria de ter. Ela se mostrará forte o suficiente para enfrentar pessoas horríveis, de natureza primitiva e sem respeito nenhum com a sociedade, conquistando a minha admiração. Uma heroína perfeita.
Bem, na época em que eu li o livro, achei extremamente complicado toda a parte teórica, com seus termos financeiros e nomes suecos complicadíssimos. Na verdade, ainda acharei complicado se ler agora. Mas isto não é relevante, pois o autor criou uma história magnífica, que me fez pensar se tudo isto não aconteceu de verdade. Hoje, enquanto comentávamos sobre os livros, fiquei sabendo que o autor era muito desacreditado pela família e acabara se separando dela. Foi morar com uma mulher que o bancou enquanto ele escrevia seus livros. Após seu falecimento logo depois de mandar os livros para a editora, a família entrou com um processo contra esta mulher, pois queriam os rascunhos do quarto livro que Stieg Larsson estava escrevendo (bando de interesseiros!). A mulher não entregou, mesmo não sendo casada com o autor (certíssima!). Gostaria muito de ler o quarto volume desta série, pois o segundo e o terceiro são ainda mais emocionantes que o primeiro.
Com muitas intrigas, assassinato, violência, paixão e problemas sociais reais, este é um livro para se reler trezentas vezes e ainda ficar surpresa nas mesmas partes. 
Este post é em homenagem à minha professora de gramática e de redação. Uma pessoa muito inteligente e instruída, com uma ótima conversa e que eu admiro muito. Obrigada por tudo professora!    


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Crepúsculo, de Stephenie Meyer

Foto da capa Crepúsculo.
Exclusivo do blog.
Título Original:
Twilight
Autor:
Stephenie Meyer
Origem:
EUA
Tradução:
Ryta Magalhães Vinagre
Editora:
Intríseca
Ano:
2005

Em homenagem à estreia de Amanhecer parte 1, a postagem de hoje é sobre Crepúsculo.
Quando Isabella Swan decide viver com seu pai Charles na cidade de Forks, perto de Washington, não imaginava que sua vida mudaria da realidade para a fantasia. Seria lá que ela conheceria na pequena escola regional o amor de sua vida, Edward Cullen, um adolescente lindo, misterioso, perfeito, espetacular (tá! Parei...).

Quando Bella entra na escola, é o centro das atenções de todos os alunos, menos de um grupo que se sentava afastado de todos. Através de sua nova amiga Jéssica, ela descobre que se trata de cinco integrantes da família Cullen, os filhos adotivos do médico Carlisle e de sua esposa Esme. São eles: Rosalie, Emmett, Jasper, Alice e Edward. Por algum motivo, Bella fica intrigada sobre o rapaz de cabelos cor de cobre que a olhava com um interessante diferente dos outros.
Os dois acabam sentando lado a lado na aula de biologia e Bella nota que durante a aula, Edward olhava muito ofensivo em sua direção e fazia caretas de quem estava sentindo um cheiro muito desagradável. Irritada com a atitude dele, Bella decide descobrir quem ele é e o porquê a desprezava tanto.
Bem, não será nenhuma surpresa se eu contar que ele é um vampiro, principalmente porque está escrito na contracapa do livro. E nem preciso dizer também que ela se perderá de amores por ele (também, lindo como ele é... tá! Já parei, já parei...). Mas tem uma coisa que não está escrito na contracapa: ele também se apaixonara por ela (Oh!!!).
Bella descobrirá a verdadeira identidade de Edward através de seu amigo de infância Jacob Black, membro da tribo dos quileutes e inimigo declarado dos vampiros. Mas isto é para o próximo volume.
Agora que Bella sabe sobre o vampiro, ambos tentarão quebrar as barreiras construídas entre os dois mundos para viver este romance e devem lutar para que nada os atrapalhe, nem mesmo um simples fato: Bella é humana e mortal. Como o desejo de permanecer eternamente ao lado de quem ama, Bella resolve abrir mão de sua humanidade e juntar-se à Edward no mundo escuro dos vampiros.
“Livro juvenil” é tudo o que posso falar do livro. E como eu sou adolescente, eu gostei, assim como adolescente no mundo inteiro que sonham em encontrar seu vampiro. Agora a moda é encontrar seu vampiro encantado. Príncipe com cavalo branco ficou para trás. Nem preciso dizer que a autora Stephenie Meyer explorou bem a história, deixando bem “romantizada” e adolescente, porque, quando alguma coisa dá certo entre adolescentes, a coisa explode em uma febre assustadora pelo mundo inteiro (e eu fui contagiada). Ah, até eu que sou fã, tenho que dizer que a história é bem fraquinha e “rocambole” (enrola, enrola, mas vai parar no mesmo lugar), mas é... Bonitinha e fofa (e o Edward é incomparável). É um livro bem rápido, para você ler quando não está fazendo nada e quer passar um tempo recluso na própria mente.  

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O poderoso chefão, de Mario Puzo


Foto da Capa O Poderoso Chefão.
Exclusivo do blog.

Título Original:
The Godfather
Autor:
Mario Puzo
Origem:
EUA
Tradução:
Carlos Nayfeld
Editora:
BestBolso
Ano:
1969

O submundo da Máfia e o talento literário de Mario Puzo ganharam notoriedade com a publicação de O poderoso chefão. O carisma de Don Vito Corleone encanta nesta mais perfeita reconstituição da vida e dos negócios das famílias mafiosas de Nova York. Apesar de implacável, Don Vito é, essencialmente, um homem justo. Padrinho benevolente, nada recusa aos seus afilhados: conselho, dinheiro, vingança e até mesmo a morte de alguém. Em troca, o poderoso chefão pede apenas o respeito e a amizade de seus protegidos. Mas ninguém pode vencer as trapaças da idade. Quando seus inimigos atacarem juntos e tudo o que a família Corleone significa estiver por um fio, o velho Corleone terá de escolher, entre seus filhos, um sucessor à altura. Um mundo de intrigas e decisões cruéis habilmente construído por Mario Puzo. 
(texto retirado da contracapa)



A história começa com o julgamento de dois jovens por terem espancado uma jovem e são perdoados. O pai da jovem fica muito irritado com a absolvição dos criminosos e vira para sua esposa com a frase: “Temos que visitar o Padrinho”. Já neste ponto, a história começa a ficar boa, dando um ar de suspense. Quem será o tal Padrinho e o que ele fará? Como sou de uma geração dominada por heróis lindos, fortes, jovens e sensuais, já fui imaginando um Hugh Jackman (Wolverine) como Padrinho. 
Então a história parte para o casamento da filha do Padrinho, onde o pai da jovem espancada vai se encontrar com ele: eis que aparece Don Corleone, já um senhor de idade, porém mais poderoso que estes heróis de hoje e bem mais inteligente também. Don Vito Corleone recebe o pai da jovem e mostra-nos um pouco de sua sagacidade e lábia que levariam ele e sua família ao topo da máfia italiana. 
O casamento de Collie (filha de Don Corleone) traz para New York o filho mais jovem do Padrinho: Michael Corleone, que tem certas desavenças com o pai por ter se alistado no exército americano. Apesar de não ser muito favorável aos “negócios” da família, Michael sabe que se envolverá com a máfia. 
Para não falar muito mais sobre a história, um breve “resumo” do que irá acontecer: Don Vito irá mostrar como chegou a ser um dos chefões mais poderosos e influentes da máfia norte-americana (e por que não dizer do mundo, como mostra o livro?), mostrará toda a sua astúcia, seu poder e seu carisma quando as cinco famílias mais poderosas de New York entram em conflito e mostrará que pode ser muito mais do que um mafioso: pode ser um pai. Michael obviamente em algum momento entrará para os “negócios” da família e irá acabar mostrando que pode ser mais do que todos pensavam e julgavam que ele fosse capaz. 
Mario Puzo foi um excelente escritor nesta obra e nos faz pensar se isto realmente não chegou a ocorrer. Infelizmente, seu livro não é tão conhecido como os filmes de Francis Ford Coppola, que são igualmente bons. Porém o livro traz coisas que não teriam espaço no filme, como a história de Jonhny Fontane, um primo famoso de Michael. O livro é um pouco complicado de entender em certos trechos, principalmente quando se aprofundam muito na política e no dinheiro. Além do que, alguns nomes são um pouco difíceis d recordar, então era um pouco constante não saber de quem se tratava. Mas fora estes detalhes insignificantes, é um livro espetacular. Outro Top!

domingo, 6 de novembro de 2011

Adeus China - o último bailarino de Mao, de Li Cunxin


Foto da capa Adeus, China.
Exclusivo do blog.

Título Original:
Mao's last dancer
Autor:
Li Cunxin
Origem:
EUA
Tradução:
*sem informação*
Editora:
Fundamento
Ano:
2003

Em um vilarejo desesperadamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao e nas nobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola - os delegados culturais de madame Mao. Estão à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiães da grande visão de Mao para a China.
O garoto observa um dos colegas ser escolhido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve ou não deve? Quase desiste. Mas, afinal, no último momento, toca o ombro do oficial e aponta o garoto miúdo. "Que tal aquele?", ela pergunta.
Em um único momento, a possibilidade mais remota mudou de modo indescritível o curso da vida de um garoto. Ele faria parte de algumas das maiores companhias de balé do mundo. Um dia seria amigo do presidente e da primeira-dama, de astros de cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos. Seria uma estrela: o último bailarino de Mao, o queridinho do Ocidente.
(texto retirado da contracapa)


Quando eu li este livro, pensei: “como alguém consegue viver com tão pouco e ainda ser feliz?”. Li Cunxin conseguia. 
Durante toda a sua curta infância, ele e toda a sua família viviam numa miséria assustadora, mas ainda encontravam alegria e amor como o autor descreve. Em uma China pobre sob a ditadura de Mao, onde ninguém jamais poderia dizer (ou pensar) em ser contrário a ele, Li Cunxin mostra os valores e os costumes da família chinesa – muito interessantes algumas idéias, chegando a ser engraçadas. 
Cunxin ainda era um menino quando chegaram à sua vila algumas pessoas “recrutando” crianças para uma escola de balé. Uma professora então indicou Cunxin para fazer o teste e, até hoje, o motivo pela qual fez isto é desconhecido por ela e por todos os outros. Determinado a passar no teste, Li agüentou firme sem uma lágrima, gemido ou careta de dor enquanto torciam seus membros para testar sua flexibilidade. Várias crianças passaram por isto, porém somente Cunxin, com sua determinação, restou. 
Ele foi levado para Pequim, a capital da China, com outras crianças de outras vilas e foram instalados em uma escola de balé. Cunxin deixava para trás sua família e sua vida para começar uma nova que mudaria a história do balé. Ficaria nesta escola por alguns anos e conheceria pessoas que o guiariam durante sua jornada, como um de seus professores que o ajudou a se tornar o que ele é hoje, que teria as lombadas de uma ditadura dura e severa. 
Quando já era mais velho e maduro, Li Cunxin e outro bailarino receberam a proposta de viajar até os Estados Unidos para conhecer o balé ocidental. Esta viagem seria outra mudança para Cunxin, quando ele toma uma decisão que, porque não dizer, mudaria até mesmo o seu país. 
Hoje, Cunxin é uma lenda no balé mundial, grande exemplo como dançarino para os bailarinos novatos e exemplo de vida para todas as pessoas do mundo. Neste livro, Li Cunxin mostra o que realmente significa superação, força de vontade e amor. 

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