Foto da capa Eragon. |
Eragon
Autor:
Christopher Paolini
Origem:
EUA
Tradução:
Nelson Rodrigues
Editora:
Rocco
Ano:
2002
2002
Tem um único ponto falho nesta história: é muito clichê. A
mesma história de um menino simples que de repente vê o seu mundo mudar
magicamente e agora a sobrevivência de todos que ele ama e a salvação de todos depende
de sua coragem e força. Fala sério: este enredo já deu! Está certo que este
tipo de “superação” atrai os leitores, mas tem uma hora que todas as histórias
parecem as mesmas e os livros parecem uma mistura uns dos outros. Um pouco de
originalidade nunca faz mal, viu?
E, bem, outro ponto negativo – mas que não deve ser levado
muito em conta por um motivo que eu vou falar adiante – é que o livro lembra
muito (mas muito mesmo) Coração de Cavaleiro, além de terem várias partes
espalhadas pelas páginas que recordam acontecimentos de outros livros e filmes.
Acho (leia atentamente: acho) que isto se deve a pouca idade do autor. Quando
ele começou a escrever Eragon tinha só quinze anos (é a minha idade! Oh, meu Deus!
Ainda posso ser uma escritora de sucesso!). Não é uma idade muito... Evoluída
para ter idéias originais – falo por experiência própria.
Ah! E antes de partir para a história, quero dizer que este
livro foi uma tremenda covardia porque colocou como tema o meu ponto fraco:
dragões. Eu sou viciada nestes seres mitológicos flutuantes, mesmo depois da
minha irmã contar que eles não passavam de lenda (que golpe no meu coração...
Mas isto já faz muito tempo). Mas isto não importa muito no momento... Vamos ao
livro!
Gosto de histórias que já começam na emoção. Duvido que
ninguém se prenda a algo assim. Em Eragon, começa com uma emboscada arquitetada
pelo lado mal da história: um espectro – que está mais para um demônio –
chamado Durza e seus comparsas Urgals – uma espécie de ogro. Eles querem atacar
um grupo de elfos que possuem algo que o rei - também maligno – quer muito: um
ovo de dragão. Há muitos e muitos anos atrás, dragões não eram raridade em
Alagaësia, porém os tempos dos Cavaleiros de Dragões se foram graças a uma traição.
Os dragões foram praticamente extintos, mas ainda existem três ovos, sendo que
um está no poder dos elfos. O rei pretende manter os ovos consigo, pois assim
ele terá total poder sobre os últimos herdeiros de uma raça poderosíssima.
Mas, para a infelicidade do mal, a emboscada não dá certo,
pois Arya, uma elfa que você tem que se lembrar para mais tarde, consegue “teletransportar”
o ovo para longe. Ela é seqüestrada, porém o ovo foi salvo.
Entra em cena nosso herói, Eragon. Ele caçava na Espinha
quando, subitamente, uma pedra azul e brilhante surge na sua frente.
Acreditando ser muito preciosa, ele tenta vendê-la, mas sem sucesso. Acaba
ficando com ela, porém, depois de certo tempo, a pedra se parte e nasce um
filhote de dragão. Eragon agora está ligado ao pequeno serzinho e a um mundo
que ele só conhecia através das histórias de Brom, um velho contador de sua
aldeia (lembre-se dele durante a saga inteira, é importantíssimo). Agora, com
seu dragão Saphira, ele precisa livrar Alagaësia da tirania do rei e de todos
os maus que afligem o povo. Neste caminho perigoso até os Varden, uma sociedade
secreta contra o rei, Eragon contará apenas com o misterioso Brom, com Arya (eu
disse que ela era importante) e com Murtagh, que, apesar de ser muito lindo e
simpático, guarda uma sombria história cheia de cicatrizes. Ah sim! E com
Saphira, sua inseparável companheira.
Os tempos de Cavaleiros dos Dragões estão voltando, com
Eragon encabeçando a história.
Christopher Paolini |
Bem, eu já dei minha opinião sobre o livro e já disse que
sou apaixonada por dragões, mas tem mais uma coisa que eu quero ressaltar antes
do fim. Neste livro, há um personagem que não ganha muito destaque, mas que nos
seguintes vai ganhar mais o meu afeto do que o próprio Eragon: é o primo dele,
Roran. Não vou falar dele neste livro porque ele praticamente não tem muita importância
agora, mas no próximo... Preparem-se para Eldest, o segundo livro.