sábado, 28 de abril de 2012

Labirinto, de Kate Mosse


Capa "Labirinto"
Título Original:
Labyrinth
Autor(a):
Kate Mosse
Origem:
Inglaterra
Tradução:
Fernanda Abreu
Editora:
Suma das Letras
Ano:
2005



Em Julho de 1209: na cidade francesa de Carcassonne, uma moça de 17 anos recebe do pai um misterioso livro, que ele diz conter o segredo do verdadeiro Graal. Embora Alaïs não consiga entender as estranhas palavras e símbolos escondidos naquelas páginas, sabe que seu destino é proteger o livro. Será preciso grandes sacrifícios e muita fé para garantir a segurança do segredo do labirinto – um segredo que remonta a milhares de anos, e aos desertos do antigo Egito…
Julho de 2005: durante uma escavação arqueológica nas montanhas ao redor de Carcassonne, Alice Tanner descobre por acaso dois esqueletos. Dentro da tumba escondida onde repousavam os antigos ossos, experimenta uma sensação de malevolência impressionante, e começa a entender que, por mais impossível que pareça, de alguma forma ela é capaz de entender as misteriosas palavras ancestrais gravadas nas pedras. Mas já é tarde demais, Alice percebe que acaba de desencadear uma aterrorizante seqüência de acontecimentos que é incapaz de controlar, e que seu destino está irremediavelmente ligado à sorte dos cátaros, oitocentos anos antes.

Idade Média na França. Foi um tremendo golpe baixo... Além de muitos mistérios, segredos e perigos. Não tinha como ficar fora dos meus Tops. Agradeço à minha professora de gramática por me emprestar este livro!
Alice Tanner faz parte de uma equipe de escavação a pedido de sua amiga Shelagh O’Donnel (não faço a menor ideia de como se pronuncia...) apesar de não ser uma arqueóloga. Sozinha, no alto de uma montanha no seu último dia de trabalho, ela parece ter finalmente encontrado algo que valesse a pena investigar: algo brilhante embaixo de uma enorme pedra. Porém, quando finalmente consegue retirar o misterioso objeto, a pedra se desloca e cai, revelando uma caverna escondida. Apesar de saber que deveria comunicar Shelagh sobre a descoberta, Alice sente-se atraída para a caverna e entra.
Descobre então que, na verdade, a caverna é uma câmara. Dentro dela, há o desenho de um labirinto... E dois esqueletos. Chegando mais perto dos ossos, Alice encontra então um anel com o desenho do mesmo labirinto gravado. Subitamente, um choque faz com que ela tenha algumas visões estranhas com outra pessoa... Alguém que viveu muitos anos atrás...
A história retorna oitocentos anos antes, contando agora sobre Alaïs que, apesar de seus dezessete anos, é muito inteligente, corajosa e forte. No momento em que a história começa a narrar sobre a moça, Alaïs levantou-se em uma manhã, sem acordar seu marido Guilhem Du Mas (atenção nele...), e sai para recolher ervas. Porém, enquanto recolhia suas plantas cuidadosamente, Alaïs encontra um corpo. Misteriosamente, tudo o que o cadáver perdera fora seu polegar. Assustada, Alaïs corre para contar a seu pai, o intendente Pellitier, que fica muito nervoso com a história. Bertrand Pellitier então analisa o corpo e fica mais calma ao ver que não se tratava de um antigo amigo dele, porém Alaïs fica com “a pulga atrás da orelha”: seu pai escondia alguma coisa...
Na volta, Alaïs para em uma barraca de queijo quando é surpreendida por um grande amiguinho seu: Sajhe, neto de uma amiga da moça. Sajhe pode não parecer muito importante no começo, mas ele será importantíssimo para a história. Mais do que importante, ele é crucial. Ele é a chave para a maior parte dos mistérios da história... É um menino de nove anos muito esperto e simpático, que respeita e admira muito Alaïs.  
Mas enquanto Alaïs e Sajhe conversavam, um mensageiro chega à Carcassona, cidade medieval onde morava a protagonista. Ele trazia uma grave notícia para o visconde Trencavel que dizia basicamente o quanto o papa estava decepcionado pela tolerância do visconde com os bons homes (uma nova ordem religiosa). Pelas notícias que o mensageiro trazia, tudo indicava que Carcassona entraria em uma guerra “santa” sangrenta.
Infelizmente, as más notícias não paravam por aí: naquele mesmo dia, Pellitier recebera uma mensagem de Harif (outro personagem crucial) dizendo que a Trilogia do Labirinto precisava ser reunida. E você pergunta: quem é Harif e o que é a Trilogia do Labirinto? Definindo em poucas palavras para você não ficar muito perdido: Harif é o chefe supremo da organização secreta a qual Pellitier faz parte e a Trilogia guarda o verdadeiro segredo do Graal, aquele que poderia dar a vida eterna... Entretanto, com a ameaça da guerra, Pellitier fica dividido entre seus deveres como intendente e seus juramentos com a organização. Além do que, Pellitier sabe que corre risco de vida, por isso precisa de alguém em quem confiar para entregar o livro que ele guarda caso alguma coisa aconteça com ele. Adivinha quem ele escolhe? Obviamente que se trata de Alaïs.
Mas, não podemos esquecer de falar sobre Oriane, irmã mais velha de Alaïs. Ela é uma mulher gananciosa, invejosa, que fará de tudo para conseguir alcançar o que quer, até mesmo retirar de seu caminho sem piedade a própria irmã. Oriane se mostrou a personagem mais desprezível e asquerosa que eu já conheci em livros... Ela conseguiu superar Guinever em “As Brumas de Avalon”. Cuidado com ela...
Voltamos para o nosso presente: Alice é encontrada pela sua amiga Shelagh desmaiada dentro da caverna. Porém, por não ter comunicado a descoberta da caverna, Alice se coloca em uma grande confusão: até mesmo a polícia é chamada para investigar os esqueletos e o labirinto. Entretanto, uma curiosa figura aparece: Authié.  Alice sente que há algo errado com ele na mesma hora que o vê. Mal sabe ela que Authié na verdade trabalha para uma perigosa mulher que estava à procura desta caverna e quer desvendar mistérios de muito tempo atrás... E para alcançar seu objetivo, é capaz de tudo (isto soa familiar?).
Mesmo sem querer, Alice está diretamente envolvida com o labirinto e com o que ele representa. Sua vida agora corre perigo, já que ela se encontra no caminho da perigosa mulher... Mas Alice pode contar com um homem muito misterioso, Baillard, mesmo que os dois nunca tenham se encontrado.
É uma questão de vida e morte que Alice descubra os mistérios do Graal. 
Diga se não é “a” história?! O único inconveniente é que o livro criou muitos mistérios para serem resolvidos bem no final, o que o tornou muito confusão... Porém prende o leitor do começo ao fim! Eu só não o li mais rápido, porque houve uma semana de provas depois que eu recebi o livro e precisei dar uma parada. Meus mais sinceros agradecimentos à autora, Kate Mosse, por me levar da Idade Média (minha época favorita) à atualidade por uma teia de segredos e mistérios e me fez sentir varas coisas. A única coisa que eu não gostei muito foi o par o romântico de Alaïs no final... Ela deveria ter ficado com quem sempre esteve ao lado dela, em quem ela podia confiar... Mas tenho que admitir: a escolha de Alaïs demonstrou amá-la verdadeiramente. Muito bonito...

domingo, 22 de abril de 2012

Xógum, de James Clavell

Título Original:
Shogun
Autor(a):
James Clavell
Origem:
EUA
Tradução:
Jaime Bernardes
Editora:
Sextante
Ano:
1975


Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Xógum é uma fascinante saga sobre o universo mítico dos samurais e das gueixas, numa trama ágil que une política, religião, guerra e romance.
Ambientado nos anos 1600, época das grandes navegações e das conquistas de novos mundos, o livro narra a trajetória do piloto inglês John Blackthorne. Depois de quase dois anos embarcado no navio Erasmus, ele aporta na costa do Japão dividido diante da disputa pela posição de xógum, a mais importante autoridade militar do país.
Em meio a intrigas e traições, Blackthorne se aproxima do poderoso senhor feudal Toranaga, tomando parte em um intrincado jogo de poder entre as forças conflitantes da época: daimios, samurais, jesuítas e comerciantes.
Com o tempo, uma estranha relação de confiança se estabelece entre os dois homens e uma paixão proibida nasce entre o inglês e sua intérprete, Mariko. Casada com um dos mais cruéis capitães do feudo, ela se vê dividida entre suas obrigações, suas crenças e seus sentimentos.
Tentando manter-se vivo apesar da hostilidade dos nativos, Blackthorne vai pouco a pouco se envolvendo com as tradições locais, enquanto o próprio Japão começa a perder sua identidade com a invasão dos jesuítas e a abertura ao mundo ocidental.
James Clavell conduz o leitor com notável habilidade narrativa ao longo desse emocionante épico que expõe as terríveis implicações por trás das palavras amor, poder, virtude e honra milenar na cultura japonesa.


Este é o livro mais longo que eu já li. Com impressionantes 1039 páginas, Xógum contará a saga de um piloto inglês na terra dos samurais e das gueixas. Demorei mais de um mês para terminar, principalmente porque depois de um tempo o livro mais enrolava do que contava a história propriamente dita, o que me cansou demais. Mas tirando o cansaço, o livro é muito bom! O assunto é diferente, não é o velho clichê das historias europeias e norte-americanas. É bom também ressaltar que o livro irá, no inicio, lembrar muito ao leitor o filme “O Último Samurai”. Depois, cada um vai para um lado e não tem mais “nada a ver”...
O navio Erasmus do capitão inglês John Blackthorne naufraga perto da costa japonesa depois de uma forte tempestade. Os poucos sobreviventes, entre eles o próprio capitão, são feitos prisioneiros por um samurai, Omi-san (san é uma forma de tratamento japonesa). Eles são mantidos prisioneiros em um buraco apertado e fétido, até que o daymio de Omi-san, Yabu-san chega e resolve executar um dos sobreviventes (até agora eu não entendi o motivo, só sei que o pobre rapaz foi cozinhado vivo enquanto o sádico do Yabu se deliciava com seus gritos). A partir daí, é possível notar uma inimizade entre Blackthorne e Yabu até o fim da história.
Entretanto, havia um espião entre Yabu e seus homens, que relatou o aparecimento dos estrangeiros para um grande daymio e aspirante a Xógum (o líder máximo militar dos japoneses), Toranaga. Este último interrogará Blackthorne através de um padre jesuíta, mas o interrogatório termina quando aparece outro aspirante a Xógum e inimigo de Toranaga, Ishido. Para livrar Blackthorne de Ishido, Toranaga o prende. Na prisão, Blackthorne conhece um padre que o ensinará a falar o japonês básico e dá-lhe algumas informações sobre a atual situação do Japão.
Alguns dias depois, Ishido tira Blackthorne da prisão, porém os homens de Toranaga aparecem e o levam para outra entrevista, desta vez com a belíssima Mariko como tradutora. Atenção nela, porque... Bem, só pelo “belíssima” já deu para entender que Blackthorne e ela terão um caso amoroso, mesmo Mariko sendo casada com um grande samurai (bruto), Buntaro.
Muitas disputas ocorrerão entre Toranaga e Ishido. Uma delas é quando o conselho de regentes do Japão decide que Toranaga deveria cometer seppuku, ou seja, se suicidar (um dos costumes japoneses, onde a pessoa mostra devoção e dignidade). Para escapar do destino, Toragna resolve fugir, fantasiado de mulher, mas, durante a fuga, Blackhorne nota a farsa. Depois, no meio do caminho para escapar, Toranaga é interceptado pro Ishido que desconfiava do plano. Porém, num impulso, Blackthorne arruma um jeito de livrar Toranaga da captura. Um laço de confiança se estabelece entre os dois homens, o que será crucial para a sobrevivência de Blackthorne em uma terra tão diferente da sua.
Apesar de a história ser bem longa, não contarei mais detalhes sobre o “enredo”, afinal, resumo na internet é o “fim da picada” (apesar de já ter postado um resumo, mas foi para um bem maior).
Xógum trará elementos de uma cultura extraordinária através da visão europeia – Blackthorne. Isto pode parecer um pouco clichê ou preconceituoso, mas ajuda muito o leitor a entender a sociedade japonesa, já que estamos tão acostumados com visões ocidentais. Misturando material histórico e fictício, James Clavell foi um gênio ao criar este romance. Só acho que ele poderia ter enxugado um pouco a história e ter tirado alguns pontos muito repetitivos.
Uma dica: leia o livro quando já estiver enjoado(a) das boas e velhas historias ocidentais. Xógum irá te surpreender. Você não olhará mais o Japão do mesmo jeito...    

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A linguagem das flores, de Vanessa Diffenbaugh

Capa "A linguagem das flores"
Título Original:
The Language of Flowers
Autor(a):
Vanessa Diffenbaugh
Origem:
EUA
Tradução:
Fabiano Morais
Editora:
Arqueiro
Ano:
2011



Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção.

Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder.
Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular.
Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram.

Olá, meus leitores! Sentiram minha falta? Rs
Hoje vou comentar sobre um livro bem tranquilo, para você ler quando estiver naquele seu momento “água-com-açúcar”: A linguagem das flores.
A história terá como protagonista a insociável Victória Jones. Abandonada pela mãe assim que nasceu, Victória é jogada de família em família para ver em qual melhor de habitua, mas seu gênio teimoso e sua “repulsa” por pessoas a impede de ser adotada por alguma, até que finalmente ela encontra alguém que está disposta a criá-lo como filha.
Aos oito anos, Victória fica sob a proteção de Elizabeth, dona de um vinhedo e uma amante de flores. Tudo indicava que Victória também conquistaria a antipatia de Elizabeth, mas parecia que a mulher estava convicta que conquistaria a complicada menina e faria de tudo para conseguir sua confiança.  Foi através das flores e seus significados secretos que Victória se afeiçoou a Elizabeth, desejando assim que esta última a adotasse.
Mas eis que Elizabeth tinha uma história complicada com sua irmã Catherine: as duas sempre foram muito próximas, principalmente porque Elizabeth não era muito querida por sua mãe. As irmãs eram inseparáveis , porém algo se intropôs nesta forte relação: Elizabeth amava um homem, mas Catherine “fura-olho” ficou grávida dele. Magoada e furiosa, Elizabeth cortou relações com Catherine e por anos nunca sequer a viu, mesmo depois que Catherine deu à luz a um menino, Grant (atenção nele, ele é importante).
Depois que Victória passou a morar em sua casa, Elizabeth começou a sentir falta de sua irmã porque Jones lembrava-a de seus tempos de criança e amizade com Catherine. Um novo sentido apareceu em sua vida: Elizabeth queria se reconciliar com a irmã para assim todos viverem em família. Entretanto, Victória não gostou muito de sua obcessão por Catherine e bolou um plano para que Elizabeth voltasse a ficar furiosa com a irmã.
Para deixar um suspense no ar, pularemos para a próxima etapa da vida de Victória, quando ela completa 18 anos e tem que se virar sozinha, já que não tem mais ninguém.
Sem emprego ou um lugar para morar, Victória começa a dormir em um jardim que ela mesma cultiva em um parque, porém, depois de alguns dias, a fome começa a tomar conta e ela parte atrás de algum trabalho. Foi então que ela conheceu Renata, dona de uma floricultura. Victória impressiona Renata com seus conhecimentos sobre as flores e esta última a chama para ser sua “assistente”. Victória consegue também um quarto alugado, que pertence à irmã de Renata. Finalmente parecia que Victória estava conseguindo colocar sua vida nos eixos até...
Um dia, Renata leva Victória para o mercado de flores onde ela precisa comprar alguns pedidos para sua loja. No mercado, Victória encontra um misterioso homem vendedor de flores que lhe oferece uma margarida. Victória, em resposta, dá-lhe uma flor chamada rododendro (cujo significado ensinado por Elizabeth era cuidado). Ela sabia que o homem não entenderia o recado, pois pouquíssimas pessoas sabiam que as flores tinham significados. Porém, quando voltou ao mercado de flores, Victória teve uma grande surpresa: o homem misterioso entregou-lhe um visco, cujo significado era eu supero todos os obstáculos.
Jones é lançada para seu passado e agora terá que encarar seus temores de frente, pois o homem misterioso era ninguém menos do que Grant, filho de Catherine.
 A história pode até parecer bem fraquinha... E é mesmo. Mas ela é bonita e não há como olhar para as flores do mesmo modo. A história é em primeira pessoa (ou seja, Victoria que narra sua vida) e intercala o passado, quando ela viveu com Elizabeth, e o presente, quando ela tem dezoito anos. A única coisa que me irrita em Victória é seu medo de se relacionar. “Pelo amor de Deus, mulher! Se entrega de uma vez!” Rs. A história realmente vale a pena, não para uma grande leitura, mas só para passar o tempo... Esta autora, Vanessa Diffenbaugh, apesar de não ser muito famosa (e convenhamos, não muito habilidosa) teve uma ideia muito diferente e original. Gostei do livro.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Meus leitores...

... Quero pedir desculpas pela demora para uma nova postagem. Ultimamente, está um pouco difícil para eu fazer qualquer coisa. Com tantas provas, cursos e problemas psicológicos (rs), estou me sentindo um caco. Porém, prometo que em breve, vou voltar a postar.

Agradeço a todos vocês que me seguem!

xoxo

Gabi C.

=^.^=
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