quinta-feira, 23 de agosto de 2012

1808, Laurentino Gomes


Título Original:
1808
Autor(a):
Laurentino Gomes
Origem:
Brasil
Tradução:
*livro nacional*
Editora:
Planeta
Ano:
2007

Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra , reis e rainhas haviam sido destronados ou obrigados a se refugiar em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo. Embora os europeus dominassem colônias imensas em diversos continentes, até aquele momento nenhum rei havia colocado os pés em seus territórios ultramarinos para uma simples visita - muito menos para ali morar e governar. Era, portanto, um acontecimento se precedentes tanto para os portugueses, que se acharem na condição de órfãos de sua monarquia da noite para o dia, como para os brasileiros, habituados até então a serem tratados como uma simples colônia de Portugal.


Como vocês puderam notar, eu fugi da linha do tempo e estou na ordem errada: comentei nesta postagem sobre 1822, do mesmo autor, um dos meus Tops, que fala sobre a Independência do Brasil e seus personagens. Desta vez, 1808 mostra como tudo começou: a invasão de Portugal e a fuga da família real para o Brasil.
Como diz minha professora de história (beijos, prô!), a História mundial não seria a mesma se Napoleão Bonaparte não tivesse existisse, incluindo a do Brasil. Com a ameaça invasão e ocupação de território português pelas forças francesas, o rei de Portugal, Dom João, viu-se obrigado a fugir para sua colônia mais rica para salvar a riqueza de seu país, sua família real e a si mesmo, deixando para trás todo o povo português. Nunca antes um rei havia visitados seus territórios ultramarinos. Atitude corajosa de Dom João, não é?
Pois nem tanto... Neste livro, assim como em 1808, serão desmistificadas algumas lendas que foram construídas ao redor de nossa história. Começando com nosso querido Dom João: ao contrário do que algumas pessoas pensam, o rei foi o maior “banana” que passou pelo nosso país. Tinha um incontrolável medo de trovões (quando havia tempestades, ele permanecia em seu quarto rezando com seu roupeiro) e caranguejos, odiava banhos, era desleixado, sujo, feio, gordo, desconfiado, inseguro, covarde, desacreditado, apagado, depressivo e sua opinião não teria a menor importância. Chegou ao poder por acaso, depois que sua mãe, a famosa rainha Maria louca I, enlouqueceu e seu irmão mais velho morreu de varíola, porém só foi coroado oito anos após chegar ao Rio de Janeiro. Entretanto, não vamos perder o foco: o livro.
Se a família real nunca tivesse fugido de Portugal, Dom Pedro não teria chegado ao Brasil e a independência não teria acontecido em 1822. Porém, a ideia da família real sair de Portugal já era antiga e o ataque da França foi só um pretexto para colocar o plano em prática. Em um dia nublado, Lisboa acordou com seu porto em grande movimento: era a corte que partia às pressas, levando tudo o que podia. Tudo o que os lisbonenses puderam fazer foi assistir. Entretanto, se todos tivessem permanecido em Portugal para receber o ataque, a vitória portuguesa seria certa: o exército francês era comandado por um homem fraco e seus soldados estavam exaustos, sem condições de lutar.
E depois de uma longa travessia pelo oceano Atlântico, com surto de piolhos, barcos perdidos e uma calmaria que atrasaria a viagem em meses, finalmente um rei pisa em terras americanas. Foi uma surpresa para os brasileiros verem as suas majestades: não por que eles não esperassem a chegada, mas a aparência tão comum e simples daqueles exaustos viajantes decepcionou a muitos que os viam como divindades.
A partir de então, Dom João passa a governar no Brasil (que não se chamava assim, claro). Ele e toda a sua corte passam a desfrutar da colônia, que em breve ficaria endividada e pobre – o que, consequentemente, se tornaria um problema mais adiante, na época da Independência.
Primeiro livro de Laurentino Gomes, resultado de dez anos de pesquisa a partir de uma reportagem não publicada da revista Veja, 1808 é “teoricamente” um resumo de mais de 150 livros consultados pelo autor (como é possível ler logo no inicio do livro). Sou suspeita para elogiá-lo, pois se tornou um de meus autores favoritos, porém, como eu sou bem chata, tenho que fazer uma crítica: repetição de informação. Neste livro, houve uma série de informações dadas inúmeras vezes, o que pode se tornar bem irritante e dispersante. Sem contar que eu já não sou muito chegada a livros históricos e demoro mais do que o normal para termina-los, imagine livros que repetem as mesmas coisas. Os livros de Laurentino Gomes foram um dos poucos deste gênero que eu consegui terminar de ler por interesse e não por obrigação (tenho uma regra: se comecei um livro, vou terminá-lo, não importa que seja maçante). Os livros são ótimos, não estou dizendo o contrário, porém 1808 tornou-se cansativo em determinado momento. É preciso um pouco de tempo e disposição, além de uma mente bem focada que não se dispersa com facilidade (tudo o que a minha mente não é). A leitura vale muito a pena, o contexto histórico é perfeito, sem furos ou dúvidas no ar e a bagagem cultural adquirida... Maravilhoso. Como também dito na postagem de 1822, há rumores de que o autor esteja trabalhando no livro 1889, ano da República. Estou aguardando ansiosamente.

P.S.: será que ele pretende escrever sobre a Ditadura? Minha época da história brasileira favorita, considero a mais interessante. 

sábado, 4 de agosto de 2012

Lua Nova, de Stephenie Meyer


Título Original:
New Moon
Autor(a):
Stephenie Meyer
Origem:
EUA
Tradução:
Ryta Vinagre
Editora:
Intrínseca
Ano:
2006



Aproveitando o último “barraco” envolvendo os protagonistas da saga Crepúsculo e que a conclusão da saga estreará em breve nos cinemas, por que não falar de algum livro? Mesmo que todos já estejam carecas de saber sobre o que a história conta, acho que é minha obrigação comentar sobre o livro que marca meu tempo recorde de leitura (exatas 24 horas). Quero então pedir desculpa aos meus professores, que estavam desesperados por colocar algo na cabeça de todo mundo às vésperas das provas trimestrais enquanto eu lia Lua Nova como se nada mais existisse no mundo (porém existe gente pior, que faz a mesma coisa todo dia, porém, ao invés de um livro, é o Twitter, SMS ou Facebook no celular). Uma tremenda falta de respeito, admito, mas era a minha fase “família-crepúsculo”. Não havia como evitar (u.u).
Bella Swan mora agora com seu pai, Charles, na minúscula cidade de Forks para ficar perto de seu amor, Edward Cullen, um vampiro lindo, rico, romântico e magnífico que brilha ao sol. Bella esta obcecada por se tornar uma vampira, porém Edward recusa-se a transformá-la, avisando-a sobre o monstro que ela pode se tornar. E, como visto no livro anterior, até mesmo a proximidade dos dois é perigosa...
Isto fica mais visível no aniversário de Bella, comemorado na casa dos Cullen. Quando abria um pacote, Bella se corta com uma fita e uma única gota de sangue aparece, o suficiente para despertar o vampiro maligno que existe em Jasper, o mais incontrolável dos filhos adotivos do Sr. E da Sra. Cullen. Para protegê-la, Edward mongo a arremessa metros longe, o que a faz se chocar contra uma mesa de vidro e se cortar ainda mais. Todo aquele sangue estimulará a sede dos vampiros e quase há um ataque. Graças ao Sr. Cullen, o perfeito médico controlado, todos se acalmam, porém predomina o clima chato sobre eles. Eis que Edward toma sua decisão crucial.
Decidido a proteger o amor de sua vida, Edward abandona Bella, assim como todos os outros Cullen, jogando-a na amargura e solidão. Com seu coração partido, Bella vira um “zumbi” que não vê o tempo passar, tem pesadelos sobre seu abandono todas as noites e não vê mais nenhuma razão para sua existência...
... Até que surge Jacob, seu sarado melhor amigo. Com ele, Bella sente que o buraco em seu peito incomoda menos e ela consegue ficar feliz pelo menos por algum tempo...
...Porém, Jacob também se afasta repentinamente. Isto aumentará ainda mais sua mágoa, porém Bella não desiste dele e vai investigar esta história. Ela descobrirá então, através de uma velha lenda sobre a rivalidade entre os Cullen e os quileutes, que Jacob é um lobisomem que se depila. Mesmo com esta esquisitice toda, Bella não foge de Jacob, apenas se aproxima ainda mais, o que alimenta a paixão secreta que o lobisomem sente.
Mas o que ela sente por Edward ainda está lá, o que cria uma barreira para Jacob. Claro que Jacob não desiste, o que criará um triângulo amoroso. Bella precisa escolher o amor que a abandonou e o melhor amigo.
Bem... Vendo agora, a história não é lá grande coisa. Não sei por que fiquei tão paranoica quando ganhei estes livros. Crepúsculo nada mais é do que um livro para ser vendido. Por ser uma história tão atraente para adolescente, era óbvio que venderia como água no deserto. Se Stephenie Meyer tivesse um pouco da ousadia de J.K. Rowling ou, exagerando muito, de Jane Austen, a história seria melhor. Sei que muitas(os) ficarão revoltadíssimos com esta crítica, porém sejamos francos: a história é bem fraquinha... o que não me impediu de ler em único dia hehe 
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