quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Seminarista, de Rubem Fonseca


Título Original:
O Seminarista
Autor(a):
Rubem Fonseca
Origem:
Brasil
Tradução:
*livro nacional*
Editora:
Agir
Ano:
2009


Recentemente, adquiri um novo ídolo literário: Rubem Fonseca (e o que é melhor ara uma patriota como eu: ele é um escritor brasileiro da atualidade). Eu sempre começo falando sobre o livro, mas desta vez pretendo começar pelo autor para que vocês tenham uma ideia do modo como ele escreve: rápido, objetivo e intenso. Ah! E palavrões (o que, desculpe aos certinhos, acho muito engraçado em livros). Ele não se prende a descrições muito detalhadas – apenas o básico – nem a longos discursos filosóficos para dar uma lição de moral, é apenas a história, a relação entre escritor e leitor. E a narração em 1ª pessoa faz parecer que é apenas um diálogo, o que a torna algo bem mais rápido e envolvente.
Apesar de eu não gostar muito de textos narrados em primeira pessoa (por achar algo muito egoísta e egocêntrico), Rubem Fonseca me desmoraliza: é o seu dom de fazer o leitor se sentir ouvindo a história diretamente da fonte que me fascinou. Tornou-se um dos meus ídolos.
Este livro, “O Seminarista”, foi tão empolgante que eu infelizmente li apenas em um dia e não pude saborear. Mas não tinha como parar, eu precisava desesperadamente ler o que aconteceria como se fosse oxigênio (não é exagero... Está bem, só um pouquinho).
O Especialista, como nosso protagonista é apresentado logo no começo, é um assassino profissional contratado para apagar os “clientes” que o Despachante manda. Mora no Rio de Janeiro, adora rock, ler, assistir a filmes, solta frases em latim durante suas conversas graças à sua temporada de seminarista e não consegue matar animais (hein?) nem mulheres. É um homem feio e magrelo, mas ainda assim um tremendo de um garanhão. Mas o Especialista está se cansando do trabalho e resolve se aposentar. Adota um nome falso, com exceção do primeiro nome que sua mãe lhe dera: José (hein?). Com todo o dinheiro arrecadado com seu trabalho, ele levaria uma vida tranquila sem grandes problemas.
Porém, apesar de assassinos não serem muito conhecidos por terem sentimentos, nosso protagonista acaba por se apaixonar: Kristen, uma alemã inteligente que se encaixa perfeitamente no conceito dele de mulher perfeita. O Especialista, entretanto, é desconfiado como convém a ele ser, por isso qualquer atividade suspeita de Kristen, ele já ficava paranoico.
E, como era óbvio, Kristen o estava espionando para ninguém menos que o Despachante! Pasmem, porque algumas linhas antes do Especialista descobrir para quem Kristen trabalhava, ele narrou como matara o Despachante. Esta parte do livro eu não entendi bem, porque não explica como o outro sobrevivera.
Enfim! Quando o Especialista vai tirar satisfações, descobre que na verdade corre risco de vida: alguém que um dia o contratara por intermédio do Despachante acredita que ele retirara do morto um CD contendo informações sobre tráfico de drogas que um importante empresário financiava. O Especialista, na verdade, jamais retirara qualquer coisa de seus “clientes”, mas isso não importa muito para quem o está caçando. O Despachante quer ajuda do Especialista para encontrar este CD para salvarem suas vidas, mas nem mesmo assassinos estão a salvo de outros assassinos.
Alguns outros fatos se desenrolam entre estas cenas, mas este é apenas o básico para já cativar o leitor. Não havia como parar! E para variar, como eu nunca acerto o assassino (ainda mais porque o mocinho era o assassino), desconfiei de todos, menos do culpado. Este livro é para fortes emoções e muita tensão. E, apenas para colocar a foto do autor aqui ao lado, eis Rubem Fonseca! #apaixonada

P.S.: agradeço a editora que me enviou o livro devido a uma promoção! Sim! Elas são reais e a gente ganha mesmo! kkkkk

sábado, 8 de setembro de 2012

O Último Reino, de Bernard Cornweel

ok... esta foto ficou horrível, mas as outras estavam piores '-'

Título Original:
The Last Kingdom
Autor(a):
Bernard Cornwell
Origem:
Inglaterra
Tradução:
Alves Calado
Editora:
Record
Ano:
2005

Vou me lembrar deste livro em um avião... O que faz com que ele cai no meu conceito, porque, apesar de não admitir, eu tenho medo de avião. Ganhei este livro de minha mãe como presente de final de ano, um pouco antes de viajarmos para Fortaleza (uma viagem que foi inesquecível, diga-se de passagem). Li boa parte do livro durante o voo e, a cada “sacudidela” do avião, meu sangue gelava e eu descontava meu nervosismo no coitado. Devo ter perdido boa parte da essência do livro, de tanta ansiedade... Mas isto não vem ao caso, portanto falemos do livro.
Uhtred, filho de Uhtred, inicialmente denominado Osbert, até seu irmão mais velho ser decapitado pelos dinamarqueses e nosso protagonista receber o nome herdado por gerações de sua família, nasceu no reino da Nortúmbria, em Bebbaburg, que herdaria depois que seu pai morresse. Porém, em uma luta perdida contra os dinamarqueses, Uhtred ficou órfão e foi capturado pelos inimigos, mais precisamente por Ragnar, um temido e respeitado jarl (chefe viking). Ragnar acaba por “adotar” Uhtred e ensinar-lhe o modo de vida dos dinamarqueses. Porém, apesar de Uhtred abraçar a nova vida e dar-se melhor com dinamarqueses do que com seu próprio povo inglês, nunca esqueceu a terra que foi tomada dele pelo próprio tio – que o “julgou” morto depois da luta e assumiu Bebbanburg, reino de Uhtred – e jura que um dia tomará o que é seu por direito (a mesma história de sempre).
A história segue com a boa e velha chatice da aprendizagem do protagonista. Uhtred irá crescer como viking, lutará como viking e viverá como viking até enfim ser “resgatado” por Alfredo, o novo rei de Wessex. Este trecho da história envolveria muitos outros, mas não pretendo fazer deste texto opinativo um resumo, portanto me restrinjo a dizer que Uhtred passará para o outro lado, sendo leal a Alfredo. Ele não traiu os dinamarqueses e Ragnar propriamente dito, mas passou para o outro lado. Para entender melhor esta colocação, claro, é preciso ler o livro.
Porém, este livro não entra na minha lista de “Livros indicados”. A repetição de informação (como o nome de Bebbaburg que eu decorei) e a falta de sentimentalismo para descrever sentimentos me desagradou. Esta ultima parte pode parecer estranha, mas (não sei se foi somente comigo),quando o autor contava o que se passava com Uhtred, a descrição foi de uma superficialidade que era como se ele estivesse descrevendo um cômodo vazio. Ainda mais sendo uma história em primeira pessoa, a paixão com que os sentimentos devem ser escritos tem que ser muito forte, mas no livro eu senti muito a falta disso: a paixão e a intensidade. Sem contar que a história corre com grande velocidade, portanto, se você se distrair, perde muitos acontecimentos.
Bem, eu ouvi dizer que a continuação deste livro melhora e muito. Espero que sim, porque, apesar de não ter gosta deste volume, pretendo terminar a saga por questões de princípios (como eu já disse). Antes que eu me esqueça, o autor, Bernad Cornwell, poderia ter me explorado mais esta história com um tema tão diferente. Já ouvi falarem muito bem de outra saga dele, chama As Crônicas de Artur. Alguém confirma?    
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