terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón

Assim que eu receber meu livro de volta,
teremos uma fotinho! =]
Título Original: 
La sombra del viento
Autor(a):
Carlos Ruiz Zafón
Origem:
Espanha
Tradução:
Marcia Ribas
Editora:
Suma de Letras
Ano de publicação:
2001

Como prometido, uma nova resenha depois de muito tempo! Espero que eu já esteja perdoada pela minha falta de comprometimento... E para compensar, uma resenha de tirar o fôlego.
Daniel Sempere, apesar de novo, é um amante de livros inigualável, já que passara a vida toda entre as folhas amareladas e cheirando a mofo de velhos livros que habitavam a livraria de seu pai, com quem vive sozinho. Sua mãe falecera há alguns anos e, uma noite, Daniel se dá conta que não se lembra mais do rosto dela, o que o leva a ficar desesperado.
Devo apenas observar que o curto diálogo entre Daniel e seu pai é de dilacerar qualquer coração, então não tem como o leitor não se contagiar com a história e jogar-se nela de cabeça:

“- Não consigo lembrar-me da cara dela. Não consigo lembrar-me da
cara da mamãe - murmurei ofegante.
O meu pai abraçou-me com força.
- Não te preocupes, Daniel. Eu me lembrarei pelos dois.”

Antes mesmo que amanheça, seu pai decide levá-lo a um lugar especial e faz nosso jovem herói prometer que nunca contará a ninguém sobre ele, nem a seu melhor amigo. Eles atravessam as ruas de Barcelona enquanto esta acordava até chegar a um antigo prédio e serem recebidos por um peculiar porteiro... Melhor dizendo, um guardião.
Era a primeira que Daniel entrava no Cemitério dos Livros Esquecidos, lugar para onde um volume de todos os livros já publicados são guardados, esperando alguém encontrá-los e revivê-los. O menino fica extasiado com a imponência, magnitude e esplendor daqueles estantes que serpenteavam infinitamente em um labirinto de livros gastos e empoeirados. Claro, não estou à altura de Carlos Ruiz Zafón para descrever a grandiosidade do cemitério, afinal, como o leitor perceberá na leitura, Zafón tem uma capacidade maravilhosa de descrição que tira o fôlego e leva a uma viagem de sensações.
Seu pai então lhe passa uma missão, que é transmitida a todos que têm a oportunidade de entrar naquele lugar mágico: ele deveria adotar um livro e reviver sua história. Daniel sai pelos corredores à procura de algo que lhe atrai entre tantas preciosidades, passando a mão pelas lombadas e sentindo a alma que existia dentro de cada...
Mas o destino levaria nosso pequeno até um tímido livro que se encontrava no canto de uma estante, de capa vinho e letras douradas, e Daniel soube que aquele seria o livro que ele adotaria... Ou, nas palavras de Daniel, que iria adotá-lo.
A Sombra do Vento. Um título forte... Mas nem de longe será tão forte quanto a ligação que Daniel estabelecerá com esse livro e seu misterioso autor, Julián Carax.
Quando voltam para casa, Daniel se entrega à leitura e (como é bem frequente com qualquer leitor) não consegue parar de ler. Em apenas um dia, ele o termina e fica assombrado com a belíssima e viciante história. Inspirado, Daniel sai a procura de outros livros do mesmo autor, mas se surpreende ao descobrir que ninguém o conheça ou que tenha seus livros. Seu pai, vendo a obsessão do menino, leva-o para conversar com um homem que com certeza saberia algo sobre esse autor misterioso.
Surge a figura quixotesca de Don Gustavo Barceló, um intelectual quase cômico. Em seu primeiro encontro com Daniel, oferece-se para comprar o livro, mas o menino só tem um objetivo e livrar-se d’A Sombra do Vento está longe de sê-lo. Sem alternativa, Barceló pede a Daniel para encontrá-lo no dia seguinte.
Porém desse encontro, Daniel acaba por descobrir algo sobre os livros de Julián Carax: não existiam mais, pois alguém os comprava e os queimava. Isso abre muitas dúvidas na cabeça de Daniel, mas ele não desistirá.
É na casa de Barceló que Daniel conhecerá a desgraça que se chama paixão: Clara Barceló é uma sobrinha de Don Gustavo, de uma beleza inigualável, porém eternamente presa em um mundo escuro pela cegueira. Conversando com Clara, Daniel descobre sobre outros livros de Carax, mas a presença da moça o faz esquecer-se dele. Admirado com aquela figura angelical, Daniel cai aos seus pés, dedicando todo o seu ser a ela.
A devoção que ele dedica acaba por alarmar seu pai, Don Gustavo e a emprega deste, Bernarda. Todos o avisam que estava enrolando a corda no pescoço, mas Daniel não lhes dá ouvidos, cometendo até a loucura de presentear Clara com A Sombra do Vento.
Mas como era de se esperar, Clara não o corresponde, apenas deixa-se admirar pelo menino, abusando de sua paixão e boa vontade. Ou seja: cobra bitch!
Será neste contexto de rejeição que Daniel conhecerá meu personagem favorito do romance: Fermín Romero de Torres, um mendigo que é salvo pelos Sempere e devota sua vida a compensá-los. É de Fermín que saem os comentários mais hilários, irônicos, sarcásticos, inteligentes e ferinos de toda a trama. Logo Daniel e seu pai veem a inteligência e astúcia de Fermín, que passa a trabalhar na livraria encontrando livros raros e revendendo-os com uma lábia incrível, e logo o adotaram como um membro da família. É essa lábia que ajudará Daniel a voltar em sua busca pelo passado de Julián Carax.
Contudo, a vida do autor se mostra mais sombria e perigosa do que Daniel esperava, trazendo velhos e novos inimigos à tona. Um deles é um misterioso homem que passa a vigiar Daniel e se mostra o responsável pelos poucos volumes publicados de Carax. Além dele, um inspetor cruel ronda a vida deles, pronto para trazer a desgraçada. Daniel descobrirá também que pessoas próximas a ele têm ligações muito íntimas com Carax, mas que parecem pouco dispostas a cooperar, avisando-o do perigo que era se envolver naquele legado de Carax.
 Mas ninguém parece entender que tudo o que o garoto faz não é por pura curiosidade: por algum motivo, a sua vida e a de Carax estão unidas e é preciso desvendá-la para desvendar a si mesmo.
A grande ironia do livro está na coincidência entre Daniel se afogar n’A Sombra do Vento de Carax e eu me afogar n’A Sombra do Vento de Zafón (deve ser mal de nome). Não fui tão rápida quanto Daniel, mas acabei em três dias. Não tive como evitar: mesmo sabendo a depressão pós-livro que iria me abater, eu o engoli quase desesperadamente. Esse livro tem aquele enredo de te fazer criar centenas de teorias (e, claro, não acertar nenhuma) e te fazer pular da cadeira a cada revelação (podem perguntar para minhas amigas, elas estavam perto quando tive uma de minhas crises de gritar com o livro).
Como disse antes, Carlos Ruiz Zafón tem uma capacidade fora do normal para descrever cenários, pensamentos e sensações, fazendo seu leitor sentir-se na pele do personagem. Eu recomendei este romance para todos os meus amigos que gostam de ler e acabei emprestando para meu professor de literatura (sentiu a moral né?). Foi com essa bruta história que reabro as portas do meu blog, agora com novo título inspirado nesse maravilhoso livro.

P.S.: sei que prometi uma publicação antes, mas a semana de provas e a FUVEST não deixaram... Falando nessa prova cabeluda, me desejem sorte! Estou prestando Letras (típico não é?)!

domingo, 10 de novembro de 2013

I'M BAAAAAACK!


E ai paixões da minha vida? Sentiram minha falta? Eu sei que sim!!! Eu também morri de saudades!!

Bem, eu quero pedir desculpas com todo o meu coração pela falta de dedicação e comprometimento com o blog, principalmente para os meus parceiros blogueiros! Isso foi irresponsabilidade e muito chato, admito! Os comentários postados durante a minha ausência não foram ignorados, por isso agradeço a todos que continuaram dando uma espiadinha aqui, no antigo Abrindo os livros..., para ver se eu ainda estava viva!

Falando no Abrindo os livros..., ele está agora de cara nova! Achei que ele ficou com uma cara bem dark e melancólica... Lindo não é? kkkkk Este novo tema e título foi inspirado no livro A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, um gênio como vocês podem ver pela linda frase dele como descrição aqui do blog né? Farei uma postagem amanhã, sem falta, para falar sobre esse livro lindo que me inspirou a voltar a resenhar! Vocês verão, é simplesmente maravilhoso (recomendei para umas dez pessoas, três são meus professores). 

Quero fazer um agradecimento especial a minha Dinda Fernando, no Na trilha dos livros, que nunca me esqueceu e esteve sempre aqui do meu lado! Muitos livros para você, Dinda linda! *-*

Só para resumir, foi uma fase meio complicado de falta de inspiração e negação. Novamente desculpas a todos os leitores e sejam bem-vindos de volta! Vou passar no blog dos meus parceiros me desculpando e pedindo a opinião para o novo look! ;D

Xerus para todos vocês!

Gabi Kastell

P.S.: foi uma fase também para escrever. Comecei um projeto de um conto, sob a supervisão da minha melhor amiga, e parece estar rendendo uma boa história! Quando eu conclui-lo, passarei a portar aqui!


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